segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O fim de semana atrasado.


Esse fim de semana foi o típico fim de semana que as pessoas costumam dizer: 'Essas coisas só acontecem comigo.' Sexta feira cheguei na faculdade quando a aula tinha acabado, e meu primo aparece do nada, me coloca dentro do carro e me leva pra clínica de odontologia do cesmac. Ele e alguns amigos estão fazendo um trabalho sobre a psicologia utilizada pelos dentistas, para que as crianças não fiquem traumatizadas após uma consulta um tanto quanto dolorida (Pelo menos foi isso que entendí do trabalho). Então ele pediu que eu filmasse algumas cenas de crianças chorando, ou dentistas conversando (se fingindo de bonzinho) com os pirralhos. Só que achei melhor fotografar, pois a máquina não servia pra fazer filminhos. Algumas fotos vocês podem ver clicando aqui . Depois dessas fotos, eu fui tirar algumas fotos para um projeto MEU, que eu conto outra hora. Não sei se vocês ficaram sabendo que o CESMAC deu início a um núcleo de incentivo à cultura. Tem curso de música, canto, dança, teatro e outros que não lembro agora. Pois fiquei sabendo que Alunos e Funcionários iriam se apresentar na sexta-feira 26 de outubro e fiquei com vontade de ir. Peça de autoria do escritor e jornalista alagoano Luiz Gutemberg, eu não conheço ele mas o cara é um dos poucos que produzem cultura e ainda por cima Alagoana, eu tinha que prestigiar o trabalho do cara!! Combinei com minha namorada, e cheguei na casa dela na hora que a peça tinha começado, 20h. Pegamos um táxi às pressas, entramos atrasados no teatro de arena que estava lotado. Quando entramos o pessoal estava rindo, e eu queria sentar pra saber de quê. Achei estranho o teatro de arena lotado de gente pra prestigiar uma PEÇA, ALAGOANA E COM ATORES AMADORES!!! Comentei com minha namorada e ela disse: "São amigos e parentes que vieram", mas mesmo assim só consegui parar de pensar nisso por que a entrada era franca. Voltei minha atenção para a peça e percebi que o texto era lindo, poético, filosófico, profundo, nordestino e trágico. Era uma tragicomédia. Notei também que quando um dos personagens falava, todo mundo ria e não importava se o que ele dizia era engraçado ou não. Aí um cara na fileira da frente, começava a gargalhar tão alto que não dava pra ouvir o que os atores diziam. Aquilo começou a me incomodar. Já não bastava o pessoal ser amador, ainda ter que aguentar aquele cara, rindo alto, fazendo comentários, atrapalhando a apresentação? Mas não era só o ele. Muita gente estava fazendo o mesmo. Quando não entendi por quê tanta risada numa tragicomédia, não tinha percebido que a platéia estava rindo dos erros dos atores, das engasgadas no texto, das mãos tremendo, e o pior, estavam rindo da falta de profissionalismo. Achei aquilo um absurdo. Fiquei revoltado e no final da peça saí de lá pensando que a galera não está preparada para apreciar cultura. Logo eu, que tanto falo mal, que tanto reclamo: "Como é que o povo vai ter acesso à cultura se uma peça de teatro custa R$30,00 ???" Fiquei muito revoltado, mas não podia falar nada, pois cheguei atrasado, na metade da peça e não entendi patavinas. Mas dias 05, 06 e 07 de novembro, vai ter apresentação deles. Não deixem de ir. É de graça. Depois do espetáculo fui à uma festa de 15 anos, onde a única diferença era que a festa era evangélica. Portanto bebida só depois de 1 hora da manhã, quando o pai da debutante (totalmente desviado do caminho) colocou uma grade de cerveja para os não crentes ou ímpios como eles chamam. Só que eu já havia desmaiado de sono no colo da namorada. Fui dormir 2 da manhã, mas 7:20 já estava de pé, no ponto de ônibus, pronto pra ir pra uma aula, em pleno sábado, que acabou não tendo! A professora avisou que não ia ter aula às 01:30 da madrugada por e-mail. Pra não perder a viagem fui à casa da Maria. Fui pra namorar, mas ela puxou um colchão, deitou na cama e me fez dormir. E pela primeira vez eu durmo com minha namorada no quarto dela. Ela na cama e eu no colchão da bi-cama. Lá pelas 16 horas, já almoçados (pra não dizer comidos) decidimos ir para uma outra peça.


Insônia. Espetáculo adaptado do primeiro livro de contos do escritor Graciliano Ramos. Só que para ir para essa peça eu teria que ir pra casa, e me vestir apropriadamente. Cheguei em casa às 18:55 e às 19:20 estava no ponto de ônibus. Quarenta minutos depois eu estava sentado no ônibus. Ou seja, a peça já tinha começado. Cheguei na casa de minha namorada sem vontade de chegar no meio do espetáculo. Fiquei na casa dela assistindo tv e descontando minha raiva de morar longe nela. Depois de meus pedidos de desculpa aceitos às 2 da manhã, dormi. Acordei com meu telefone berrando, e minha mãe tocando no meu ouvido com uma voz irada perguntando se eu tinha esquecido do lançamento do grupo do meu pai. (Ele está se candidatando para presidente da Associação do Conjunto Graciliano Ramos) Fui correndo pra casa. Tudo correu nos conformes. Menos uma dor desgraçada nas costelas que me disseram que eram gases. Tomei Luftal e foi pa pum! (literalmente). Às 20:35 decido ir à bienal comprar algum livro. Peguei o carro véio do velho, e saí voando pra casa da minha namorada fazer a última tentativa de um programa no fim de semana. Chegamos lá na bienal faltando 20 minutos pra encerrar tudo. As pessoas já estavam guardando os livros nas caixas. Uma mulher me pediu: Moço, deixa eu guardar esse livro por favor? Mas ainda deu pra comprar dois livros. Depois fomos fazer um lanche. Foi só o tempo de dar a última mordida no sanduíche e o último gole de coca cola para o local ser fechado. Fizemos tudo nas pressas. Até na hora de se despedir a gente deu um rápido beijo e um alvoroçado abraço. Acho que foi o costume de estar sempre atrasado pra tudo. Até pra postar esse texto eu tô atrasado. Já era para eu estar na cama. Amanhã tenho aula e pelo jeito vou chegar atrasado!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Quem lê viaja (no meu caso, eu viajo de onibus, e leio)



Há algum tempo lí em alguma revista que o brasileiro lêem média 2 livros por ano. Lógico que isso é apenas uma média, já que eu leio 8 livros por ano, estou lendo por mais três pessoas. Tem gente que nunca leu, tem gente que lê muito mais que eu (e como tem), mas acredito que a causa disso seja o preço dos livros. Está rolando na cidade (Maceió) a Bienal de Literatura que é um baita incentivo à leitura. Porém os preços dos livros, que acho que deveriam ser bem mais baratos, estão iguais aos das livrarias. Me diz como é que o brasileiro vai ler mais se não tem dinheiro pra comprar livros? O jeito é pedir emprestado. Peguei emprestado com uma amiga um livro clássico, antigo, conhecido, citado em vários filmes, aquele tipo de livro que você acha que vai ser um saco de ler, por que ele é antigo e usa linguagem arcaica. Pois vos-dir-lhe-ie senhoras e senhores que o livro "O retrado de Dorian Gray - Oscar Wilde" é inacreditável. Escritor inglês, tornou-se conhecido em 1878 por causa de um poema chamado Ravenna (não lí ainda) e por causa de sua tendência homossexual que na época devia ser bem complicado. O livro O retrato de Dorian Gray é de 1981 mas é escrito com tanta presteza que já fiquei preso ao livro no primeiro capitulo. Que foi o que deu pra ler durante minha ida pra faculdade. (eu leio dentro do ônibus). E também o segundo capitulo, na volta da faculdade pra casa. Tudo bem, não sou nenhum critico literário, mas se vocês não estiverem lendo nenhum livro no momento e tiverem a oportunidade de ler esse, eu aconselho. Eu gosto de ler pra caramba. Só não gosto da sensação de abandono que eu sinto quando acabo um livro. Você está todo empolgado em saber como termina o livro, quer tanto chegar ao final, e quando chega é uma sensação de prazer misturado com tristeza. Aí você pensa: Era bom que tivesse mais 100, 200, 300 páginas. Eu gosto muito de ler. Tanto que depois que passou aquela minisérie na globo, A pedra do Reino, eu fiquei louco pra ler o livro do Ariano Suassuna. Procurei em todas as livrarias de Maceió e não encontrei. Tive que comprar pela internet. Quando chegou, comecei a ler o livro ávidamente e que livro gostoso, bom de ler, uma mistura de conto, novela, poema, folheto de cordel, monólogo e diálogo filosófico num romance epopéico sertanejo. Um livro digno e equivalente ao Dom Quixote de La Mancha. Então estava eu lá pelas 150 páginas e pensei: "Meu Deus, mais 600 páginas e o livro acaba!" Vou parar de ler um pouquinho pra o livro durar mais. Vou ler o livro do Oscar Wilde primeiro depois eu retorno. Em se falando de livro não tenho problemas de esquecimento como muitas pessoas dizem. "Quando eu paro de ler um livro por um dia, eu me esqueço de tudo que eu lí e tenho que ler tudo de novo." Ahh que é isso minha gente? Se esqueceu é por que não prestou atenção no que estava lendo. Duvido que isso aconteça com novela!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O fim da prisão de ventre mental.


Não aguento mais ler coisas que as pessoas escrevem, não aguento mais ver filmes, seriados, novelas, documentário, curtas, médias, longas e todo tipo de produção alheia. Cansei de ser só a pessoa "VOULE" (Vê, ouve e lê). A partir de hoje eu também vou produzir. Vou escrever, fotografar, filmar, cantar, dançar, pintar e bordar. Começando (ou re-começando)com um blog que eu tenha assunto pra escrever. Algumas pessoas já devem ter clicado em algum link com um blog meu, que eu não dava continuidade, mas desta vez vai ser diferente. Não vou me preocupar em ir buscar alguma coisa pra escrever, vou simplesmente escrever. Assim como meu primeiro blog, o pensamentosdebanheiro.zip.net que parei de publicar porque fiquei puto por não conseguir colocar uma foto! Agora vai ser diferente, aqui no blog do google dá pra colocar fotos, vídeos, audio etc. Deixando esse papo furado de lado, hoje eu comecei a fazer alguns testes de fotografia. Sabe aquele lance de abertura de diafragma e velocidade de obturador (não, não é aquela broca do dentista), pois bem, eu comecei a fazer testes com um maquina fotográfica profissional, um filme preto e branco e um profissional de lado pra me ajudar e dar uns toques. O profissional é o Lula. Não, não é o presidente! O Lula Castelo Branco é um dos profissionais de fotografia mais legais do estado de Alagoas. Ele levou algumas lentes diferentes, grande angular (sim, é uma lente de maior ângulo sim) levou uma tele-objetiva (Não, não é uma televisão simples e direta) e levou também a câmera dele. Daí estávamos fotografando pessoas pelo centro do comércio e chegamos na praça Marechal Deodoro (aquela que fica em frente ao Teatro Deodoro). De repente um maluco com uma garrafa de água mineral de cola de sapateiro ¬¬ (hein?) subiu na estátua do Marechal Deodoro da Fonseca, montou no cavalo e saiu galopando (na viagem da cabeça dele). Tirei algumas fotos, mas acredito que ficaram ruins (eu estava usando uma câmera analógica, aquela que ainda usa filmes...) pois estava contra a luz do sol. Daí dois guardas municipais aparecem e mandam o cara descer. Agora sim, tirei algumas fotos dignas de capa de jornal! (pelo menos eu acho, esse negócio de só ver a foto depois que revelar é muito incerto) Então a luz acabou, o povo sumiu, e eu me mandei pra casa.