Como eu havia previsto, nao conhecia ninguém. Prontamente me coloquei como um observador e detectei outras duas pessoas que estavam alí, mas também nao conheciam ninguém. Um cara que rapidamente socializou com os namorados das amigas da aniversariante. (As namoradas de um lado e os namorados do outro) e uma mulher (uma coroa) que parecia ser a chefe da aniversariante. A "festa" na verdade era uma reuniao de pessoas em volta de uma mesa, conversando sobre qualquer coisa, comendo e bebendo.
Eu estava ao lado de minha amiga que conversava sobre assuntos da faculdade e do curso de biologia, com outra colega e contavam histórias passadas. Como eu nao estava prestando atençao, eu ria quando todo mundo ria. Se alguém olhasse diria que eu estava interagindo com esse pequeno grupo. Porém a pobre senhora, digo a coroa que estava sentada sozinha num canto, olhava para as pessoas com um sorriso sem graça, como si estivesse com um letreiro bem grande escrito na testa: Oi. Fala comigo por favor. Pensei várias vezes em ir conversar com ela, mas estava tao interessante vê-la suplicando um pouco de atençao que terminei nao indo. A final ela teve que apelar e interagir com o cachorro e com a criança insuportável de 5 anos que queria chamar mais atençao que tudo na vida. Depois de muito tempo a pobre e solitária mulher percebeu que um casal precisava ir embora por algum motivo qualquer. Ela aproveitou a saída do casal e também foi embora.
Depois disso passei a prestar atençao na conversa das garotas. Cinco minutos depois estava na roda dos caras com conversas muito mais interessantes.
Impressionante como as coisas nao mudam...